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Carnaval 2009-Faustina volta à Praia

        Tô Bão ! 

Saímos cedinho, bem cedinho... Saímos eu e Chico somente, na Faustina, lotada, com destino à praia novamente. Beirando as 4 da manhã da quinta-feira, vesprando o Carnaval, já estávamos fechando o portão para ir embora. O Wetto e a Janaína até ensaiaram em vir junto na aventura, mas com aquele tanto de bagagem era impossível. Gosto muito de sair cedo. Sempre tem um espetáculo no céu na hora do nascente. Dessa vez foi Júpiter, não tão grande quanto de costume, do outro lado do sistema solar. Junto à ele estava aquele vermelhinho, que sabia ser Marte. E o pequenininho ? Ah ! Esse é fácil, pois pequenininho e brilhante daquele jeito, só poderia ser Mercúrio.

No início, viagem tranqüila, sem nem sombra dos aquecimentos do ano passado. Mas o motor continua duro, duríssimo, e não convém abusar. Mantive uma velocidade bem baixa, sem ninguém prá dar pitaco nisso, rendendo viagem nas baixadas, de "4ª" marcha. Mas nas serras mais pesadas da ida, que é a de Rio Casca e a de Ibatiba, o ponteirinho subiu bastante, ligeiramente acima dos 3/4, que é o limite do normal. Mas ficava por ai, no meio normalíssimo, e somente quando a subida era mais forçada é que subia um pouco, descendo rapidamente quando a ladeira terminava. E com o clima mais para chuva, cheguei direitinho à Carapebus, a nossa praia. Atrasados chegaram o Wetto e a Janaína, que viajaram de carro baixo, saindo bem mais tarde, na mesma quinta-feira. Chegaram lá bem depois que nós chegamos na Faustina, pois passaram batido na entrada do Contorno de Vitória, que liga a ES-BR101 Sul e Norte. Acabaram por se perder dentro Vitória, se é que isso é possível. O Wetto, jipeiro de primeira, é bão de caminho, mas sei que fica confuso com muito asfalto, se localizando muito melhor com um Jeep, rodando por terra. Ele é igualzinho à mim, pois tenho esse problema também.

Essa foi a segunda vez que a Faustina cruzou rodando a fronteira de Minas Gerais com outro estado. A primeira foi no ano passado, e a divisa de estado foi exatamente a mesma, sem novidade. Novidade mesmo seria a presença da nossa Zequinha Novata, que iria conhecer o mar, e por causa dos seus 9 meses e tanto, não conseguiria fazer tranqüilamente a viagem na Faustina. Por isso foram ela, juntamente com a Rose, a comadre Selma, e o afilhado Vinícius, devidamente despachados por Sedex. O encarregado de buscar os quatro no estacionamento de avião era eu, e com a Faustina. O encarregado de levar foi o compadre Pitts, que ficou ocupado para trás, viajando sozinho no sábado.

E fui mesmo buscar a turma na Faustina, conforme prometido. Só que não veio a Rose e a Laura, barradas nos Confins dos Judas, com uma cópia simples da certidão da Laura. Tiveram que voltar e pegar a original, e vieram em um vôo logo mais tarde. Então, com a turma do Sedex à prestação, fomos primeiramente eu, Wetto e Janaína, buscar a Selma e o Vinícius, e na segunda leva, vieram o Vinícius e a Selma junto à mim, para buscar a Laura e a Rose. Sempre tenho saudades de nossas viagens por terra, que ainda irão demorar para se restabelecer, mas sempre lembro da roça: Posso confessar uma coisa ? "Nóis, da roça, num gosta muito desse treim de euvião não. Quando ele vem arriando, com as roda baixa, dá uma tremedeira danada na hora que aquele treim bate no chão. E tremedeira quando o motorista mexe no recurso de minguar a toada !? Credo; dá medo demais, e parece que vai é desmanchar tudinho. Pior mesmo que os euvião, é os uilicópo, que é aquele euvião que tem um cata-vento no lombo. E prá terminar, costuma ter uns treim que apaga, que dá apagão,  nos euvião. Ai atrasa demais... Prefiro viajar de Rural, que é mais rápido !".

A rotina sofrida, que levávamos lá na nossa praia-roça, foi bem parecida à de sempre, apesar de não nos entusiasmar tanto quanto antes nas presepadas, sempre com a obrigação de fraldas e horários de refeições. Já de volta, me diverti com um retrato, onde aparecia eu, Rose e Laura. Ao invés de latas de cerveja como seria o normal tempos atrás, tínhamos era mamadeira e bolsa cheia de fraldas e filtro solar 80, aquele filtro solar para crianças e albinos. Mas tomamos bem, bebemos bem, só que em casa, mal influenciados pelo Wetto, que tem uma mania danada de comprar sempre engradado de garrafas. Caixa de latas não daria conta dele... Já fui assim também, mas hoje não agüento como antes. É a biela batendo, batendo à nossa porta. Os passeios como sempre, como é rotina e praxe, foram passeios essencialmente gastronômicos, por Manguinhos, Jacaraípe e Nova Almeida. Temos ótimos restaurantes por lá.

A Laura adorou o mar, na mudança da minguante para a crescente, e mais no final da temporada, com a crescente beirando a cheia. O mar de Carapebus é altamente influenciado pela Lua, alterando grandemente a faixa de areia da praia e o leito na beirada, onde nadamos. Mas com essas luas deu para nadarmos com ela, apesar do mar de surfista durante uns três dias. Melhor seria uma lua cheia, quando o mar vira banheira, principalmente à noite. Mas deu para ela divertir demais, e ela adorou. O Chico é que sempre emociona a gente, com a fidelidade incondicional. Ele assenta na beiradinha do mar, e fica doidinho para vir também. Só não vem porque não vê muito sentido em ficar parado, sem destino, dentro daquele lagoão. Mas se chamar ele vem na hora, enfrentando as ondas. Briguei com ele em um dos dias, e até bati no coitado do meu amigo. Tô arrependido, pois sei que surra alguma vai fazer ele parar de rolar em esterco. Essa mania ele não perde, apesar de saber que é errado. Errado prá gente, pois prá ele tá certíssimo, e tenho certeza que voltará a aparecer todo verde e fedido, achando o máximo o que fez. E cabreiro, com medo da carraspana.

Voltamos no sábado após o carnaval. Deixei de lado o projeto de voltar por terra. A intenção era voltar por Santa Teresa e Laranja da Terra, atravessar a divisa dos estados de ES e MG por terra, através do Caparaó, até Mutum. De Mutum tocava para o rumo de Ipanema e Piedade de Caratinga sempre por terra. Ai de Piedade de Caratinga em diante, voltava ao asfalto, pegando de volta a BR262 já lá em Rio Casca. Fica como projeto para a próxima, e já calculei que deve aumentar apenas uns 100 Km, mas aumenta muito no tempo de viagem. Aquela região do Caparaó é belíssima, e a viagem por terra compensa, pois o abandono das tensões do asfalto é tudo o que jipeiro quer. Sei que, no final das contas, não quis me arriscar só eu e o Chico na Faustina, ainda esquentando o motor, apesar de ser muito difícil ficar na mão naquela região. Ali é região que mais tem Willys rodando no Brasil, muito provavelmente pelo relevo agressivo. A grande maioria é de caminhonetes, as Pick-Up Jeep e Pick Up Willys, chamadas de F75 de 1970 em diante. Mas se acha Jeep e Rural também.

Mas diferentemente da ida, o motor esquentou bastante na volta, principalmente após o meio-dia, com a temperatura ambiente lá nas grimpas. Subir a Serra dos 9, em São Domingos do Prata após o Rio Doce, foi novamente proeza. Mas a surpresa que tive com a Faustina compensou. O sobre-aquecimento deixou o motor mais solto, como se tivesse mais amaciado, e nos 279,6 Km de Realeza, onde enchi o tanque, até Belo Horizonte, ela gastou exatos 27,902 litros. Isso ! É incrível, mas não tem como estar errado. Eu mesmo abasteci a Faustina, cheia até na tampa. E com as contas feitas, ela deu 10,02 Km/l, bem melhor que a média da ida que foi de 8,68 Km/l, bem melhor que minhas melhores expectativas. Recorde absoluto até agora, e acho que será dificílimo de bater, mas que vou tentar, isso vou. Só que isso me mostrou que, se o motor dela amaciar mais, vai render mais. E para amaciar o motor, o remédio é rodar, rodar muito. Sigo com essa obrigação de rodar de Rural, e, se a Rose e a Laura não derem para ir, me resta ir com o Chico. Ele é um companheirão, e sei que não vai me abandonar só, com essa obrigação. Já disse que Jeep é diversão, e diversão rima com obrigação. Rima mas num combina. Mas nesse caso, na obrigação de ter que andar na Faustina, faço a obrigação sem diversão mesmo... Ruim isso, né ?! Desculpa para andar de Rural eu tenho.

Até a próxima,

11/03/2009

          Walter Júnior - B. Hte. -

waltergjunior@uai.com.br  

walter.junior@ig.com.br

 

 

 

Como nessa história mais falei de carro que de viagem, toma um tanto de retratos à mais, dessa vez.

 

 

 

A carga na ida. Muita carga !... Carga não convencional, digo, carga convencional de agora para frente




Tive que completar a bagagem para arrumar um lugar para o Chico, dentro da Faustina.
Enquanto isso, ele vigiava meus movimentos, de bem perto, na sua cama



Meu companheiro de viagem. Companheirão !


Encontros nada raros. Tem muito Willys rodando naquela região, principalmente caminhonetes. Toda hora encontra-se com um.


    Algumas imagens da estrada na ida. Na seqüência : A descida da Serra dos 9, de onde se avista longe;
a região do pico da Bandeira, quase sempre nublada; duas fotos da Serra do Caparaó; a subida da Serra de
Venda Nova do Imigrante; e a Pedra Azul com chuva ( O bicho, como eu e minha irmã chamávamos quando criança)




A divisa dos estados: Daqui prá lá e de lá prá cá !



Parei na oficina do Dário, em Venda Nova, para cumprimentar e conversar fiado.
Foi ele quem trocou a junta do cabeçote no ano passado.



Um simpático jeriquinho Ford, à gasolina, enfeitando um posto, próximo a Marechal Floriano


Nossa praia-roça, fazendo valer. Apesar do asfalto, ainda temos cabritas passando na porta


A confecção das placas, o resultado final, e o ensaio para buscarmos a turma no Aeroporto das Goiabeiras, que está a só 16 Km do "Meu Xodó".
 

Esperando pela Selma e o Vinícius, até que apareceram...


A viagem da Zequinha e da Rose. Vô e Vó para levar à Confins. Confins dos Judas ! Muito melhor BHZ, Pampulha.


A espera pela Rose e Laura...

... e a festa na chegada.


Tudo que tem em casa a Faustina levou. Berço, banheira, cadeirinha para comer, piscina, brinquedo....



Sim !... Temos mangueira; e piscina de 1.000 litros também. E piscina com direito à cascata ! Mantenho a finesse até na praia...



Recorde do dorminhoco. O Vinícius dormiu demais, e depois que acordava, dormia para descansar do sono.


Demos uma guariba nas bicicletas, incluindo a dupla. Mas nem tanto assim andamos nelas.



E toma mais praia. A Laura gostou demais do lagoão salgado. Achou muito temperado o gosto, mas da água não reclamou.




Outras lembranças, no jardim de casa.


Marcelinho e Laura.


Adora o Chico ! Tem horas que ele sai correndo, por causa de tanto assédio.



Cerveja e camarão no buteco das pedras da Praia Mole. O Wetto cochilou, ficou cochilando, e perdeu a farra


Preparativos para o carnaval no sábado.



A Cláudia e a Madrinha Selma, posando com a Laura.


Creusodete Vulvalinda, menina prendada da TFM (Tradicional Família Mineira) reapareceu. Ano passado ela já
tinha dado as caras
, também em Carapebus, e com história também guardada aqui nesta página. O Wetto é quem
ficou uma bichona de tigrinha. E com a Pedrita, a Yorkshire,
no colo, embichonou-se de vez.  O Manjuba também abafou,
fantasiado de Sumô Girl. O compadre Pitts não apareceu tanto nessas fotos. Só de banda, e com a peruca tampando a cara.





Mais praia... A turma de uniforme no boteco, fazendo propaganda !
 
 

Um pequeno passeio pelas pedras da Praia Mole.

Ponto batido, no Ninho da Roxinha em Nova Almeida. Excelente restaurante.

Tripla homenagem ao Zé Carlos neste ano.

Quarta de cinzas ? Buscamos peixe na Saveiro. VW Saveiro, claro ! A varinha do Ewerton só serviu para esses retratos.
Tenho saudades do Percílio, com o balaio nas costas gritando "Olha o peixe,... e camarão". Mas a modernidade vai chegando.


Vamos ao boteco. Peixadinha de tira gosto. E para beber: Mamadeira !


Mar calmo ?! Brincadeiras garantidas !


Um cochilo no chão da varanda, e a amiga que a Laura arrumou, a Gleicemara, filha da Roseli.


Que lindo !


Maria Fogueteira. Difícil ficar quieta. E gosta demais do Chico...



A visita do Custódio e da Talita. O Todinho foi é buscar fogo. Num ficou quase nada, já programado
para voltar à Guarapari. Isso ! Capixaba também gosta de Guarapari ! Mas o esquema dos Capixabas
em Guaraparí é bem melhor que dos mineiros.  Já tô até chamando o mineiro Custódio de capixaba !



O Manjuba e o Flávio, se despedindo na sexta-feira. Vieram antes, mas também não poderiam ficar.
Acho que não tinha mais cerveja para eles... Para quem gosta de motocicleta, é uma Suzuki Boulevard 1500
e uma Halley Davison 96 cu.in (1573 cm3). Mais detalhes, só com o Manjuba e o Flávio.


Ponto batido no Arroz de Marisco, na Cabana do Luís em Jacaraípe.
Encontramos com o Luís e a esposa, donos do restaurante. O Luís é cunhado
do Todinho, aquele meu amigo careca e mentiroso, que diz não beber mais.



Duas recordações, do Chico, do Vinícius, e da Faustina, na garagem do "Meu Xodó"


Queimando bem a Faustina estava. E ainda tinha misturado 1% de óleo 2 Tempos no tanque.



Banho de mangueira e banheira no último dia. A água da mangueira lá é quente. Uns 38 a 40º C


Outra foto na hora da saída.  De madrugada dessa vez, só eu e Chico. O pessoal ainda dormia.
Como disse no ano passado: Sempre tiramos fotos na saída. Temos um tantão delas. 


A viagem de volta, sempre com cenas pitorescas


Enquanto isso, a falta de graça de viajar por cima


A descida da Serra de Rio Casca. Avista-se até picos em Ouro Preto lá de cima, há uns 150 Km.
 

Algumas vistas da 262, na região da subida da Serra dos 9, em São Domingos do Prata. O rio é o Rio Doce.


A vista da Serra da Piedade ao longe, anunciando que Belorizonte estava perto.
E a chegada, com uma das melhores vistas do "Belo Horizonte", em cima do Viaduto São Francisco.