Metade do caminho para Resende Costa
Tô
Bão !
Saímos novamente cedinho. Com a regulagem das válvulas, a Faustina não mais aqueceria o motor além do normal. E não aqueceu mesmo. Comportou-se muito bem. Isso até Pequeri, já com uns 10 Km rodados após deixar a BR 040, na MG 383. Encostei para ver o porque das rateadas do motor, e, enquanto abria o capô, a Rose grita lá de trás. "Que fumaceira é essa ?" Fui lá para ver, e o cano de descarga parecia uma saída de sauna. Uma fumaçaiada danada, fumaça branca. Levei a mão na fumaça e senti que era vapor. "Queimou a junta do cabeçote, Rose." Terminei de abrir o capô e verifiquei a vareta de óleo. Tinha um pouquinho d'água misturada ao óleo. "E agora ?!...", era a dúvida da Rose. "Agora é retornar para Congonhas, colocar a Faustina em uma prancha, e voltar com ela para casa". Assim foi feito, e às 10:30 da manhã do feriado da República de 2007, a Faustina já estava guardada na garagem de casa. Fazer o que, né ? Fazer o que ? Lamentemos só a despesa que tivemos e teremos para fazer a Faustina voltar a ser confiável. Enquanto isso, o recurso é o Artur, o carrinho metido a Robocop da Rose. O Edwaldo semi-montado, o Idelgiro meu Fuscão com pneus ruins. Só sobrou o Artur como opção. Além do mais, ele já conhece de trilha, pois já atravessou a Serra da Bocaina e a Serra da Mantiqueira por terra. O barato dele, como todo carro baixo, é que qualquer estradinha se transforma em trilha pesada. Mas com ele a viagem também seria boa demais. Só que eu ficaria sem as rodinhas do hodômetro da Faustina para apreciar, enquanto o caminho vai ficando para trás. Também sabia que iria ficar muito confuso na hora de abrir e fechar um vidro. Acho muito difícil eu me acostumar com um carro que não tem uma manivela para isso. Para quem não sabe, o Artur teve o nome retirado do R2D2, de Guerra nas Estrelas. Do R2 em inglês veio o nome, que nem o GP (General Pourpose) que virou Jeep.
E aproveitamos o feriado, mesmo sem a Faustina. Cidade ótima Resende Costa. Pessoal receptivo, todos que encontramos, com uma especial atenção ao Milton da Pousada Belas Artes, e a Maura da Pizzaria. Gostei também muito de ver uma placa de uma obra na cidade. Lá não inventam logotipos, slogans, dizeres ou qualquer outra coisa para destacar a administração. Usam o que a cidade já tem, que é o brasão, a bandeira e o hino, o que é o lógico e certo.
Conhecemos mais duas cachoeiras, demos a volta na Serra de São José, revisitando Prados, Bichinho, Tiradentes e São João Del Rey, usando terra e asfalto para isso. Tudo numa tacada só! Na volta para Resende Costa, ainda inventei passar por Coronel Xavier Chaves, mas já estava anoitecendo e a Rose desanimou com os 12 Km de terra com o Artur. Fizemos mais dois amigos, o Zé Luiz e a Vânia. Eles se divertiram bastante, e o Zé já até inventou de comprar uns mapas e pegar algumas dicas de onde ir, mesmo de carro baixo. Essa foi a segunda viagem em que fomos nós quatro. Isso mesmo, de agora em diante é nós quatro ! Eu, Rose, Chico, e o Zequinha Novato. A primeira foi para Catas Altas da Noruega.
E sem chuva alguma, voltamos por terra, atravessando até Passa Tempo e Carmópolis de Minas, passando por Jacarandira, que é outro distrito de Resende Costa. Com isso cumprimos a meta do caminho traçado originalmente para a Faustina. Fomos pela BR 040, e voltamos pela BR 381. Mesmo de Fox !...
Até a próxima,
20/11/2007
Walter Júnior - B. Hte. -
waltergjunior@waltergjunior.com
A preparação para a saída, com o Chico já no seu posto...
A espera pela prancha e a Faustina já encarretada. Subiu na prancha sozinha, funcionando.
Mesmo sambada e sem conseguir andar direito, esse carro não perde a pose...
A Rose e o Chico, curtindo a viagem de caminhão
A nova biblioteca de Resende Costa. A antiga é muito bonitinha, e deve haver outra boa destinação ao prédio
As "Lajes". É um mirante natural bem no centro da cidade de Resende Costa.
A cidade foi erguida no topo de um morro forrado por pedra. A vista alcança mais que 150 Km.
Carro de boi, em uma fazenda no caminho da Cachoeira dos Pintos. Esse não é de enfeite.
A Cachoeira dos Pintos
O Cruzeiro do povoado dos Pintos. Avista-se longe...
O marco da Estrada Real, no Cruzeiro de Prados. Este é verdadeiro. Prados está no caminho velho.
Bichinho. Muito legal !...
O nome correto desse distrito de Prados é Vitoriano Veloso, mas o nome Bichinho é mais conhecido.
A Rosilene não perdoou novamente um orelhão, é só ver um que logo liga para D.Zulma. Sempre foi assim...
O "Museu do Automóvel", em Bichinho.
E de dar inveja em qualquer tarado com carro velho, quero dizer, qualquer aficcionado com carro antigo...
Um interessante "Relógio de Barbeiro", da coleção do Milton, na pousada. Uma das infinidade de peças antigas que ele possui.
O Milton, da Pousada Belas Artes. Resende Costa é terra de artesanato, e o Milton mantém uma loja junto à pousada.
A Cachoeira do Taboado, em Jacarandira. As corredeiras nas pedras são bem maiores que as fotos mostram
Romântica e bucólica em Jacarandira, a Rose, carregando a
Zequinha Novata, assopra um, um... Um treim daqueles que dá um montão de pára-quedas
Em 12/2007, essa história foi publicada no Jornal das Lajes, de Resende Costa.
A correspondência que mandei aos amigos, dando fé do ocorrido segue abaixo.
Tô Bão ! J
Coloquei a história na página do Edwaldo e da Faustina. O André do Jornal das Lages, de Resende Costa, leu, gostou, e pediu para colocar no JL. Claro que autorizei, pois se está na página é para compartilhar a história com quem queira ler, e se é para compartilhar claro que jornal também serve. Pediu também três fotos com melhor resolução, e mandei as duas que aparecem e outra, muito boa, da Rose com a Zeca Novata na barriga, lá na Cachoeira dos Pintos.
Dei ao André meu endereço, e ele me remeteu dois exemplares do JL. Isso já tem uns 20 dias, mas só agora digitalizei o jornal. Um guardei como recordação, e o outro tá no gunça, mostrando prá todo mundo. Mas o legal da história foi quando o jornal chegou aqui em casa, e a Rose foi abrindo para ver. Ai que foi a hora da ciumeira. O André não colocou a foto dela, e ela comentou: "Só saiu você e a Faustina... e o Chico, fiedazunha, tá nas duas fotos e eu em nenhuma !"
Eu mesmo não faço questão alguma de ter aparecido no jornal. Já estou acostumado em não aparecer, pois a grande maioria das fotos sou eu quem tira, aparecendo só de vez em quando. Mas acho o maior barato ver o Chico e a Faustina lá no jornal.
Segue a foto da Rose que não foi publicada, e a reportagem do Jornal das Lages de Resende Costa. Esta história está na página do Edwaldo e da Faustina, inclusive com outras fotos.
Um abraço,
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